Como frear o carro de forma segura e eficiente
Instrutores de direção dão dicas práticas para um dos momentos cruciais do ato de dirigir.
Parar o carro de forma segura é um dos atos mais importantes do ato de dirigir – afinal, qualquer falha nesse momento tem o potencial de culminar em um acidente. Além da manutenção regular do sistema de freios do veículo (verificação do nível do fluido, checagem e troca de pastilhas e discos dentro das especificações do fabricante), as atitudes do motorista também tem influência direta na eficiência nas frenagens.
Dicas básicas – A primeira dica vem antes de bater na chave: sente-se na posição correta. “Caso contrário, o motorista não conseguirá frear com a máxima eficiência”, explica Hanashiro. O tronco precisa estar ereto e, para medir a distância ideal do banco, o motorista deve, apoiado no encosto, conseguir apoiar os pulsos na parte superior do volante.
Outra atitude fundamental é manter uma distância segura em relação ao carro à frente. “Guarde uma margem para imprevistos. E, em frenagens normais, como um semáforo que fechou à frente, pise no pedal de forma suave e vá reduzindo as marchas”, recomenda Manzini. Também é preciso ficar atento às situações que reduzem a aderência do piso e aumentam a distância de frenagem – como ondulações, chuva ou óleo. “Ao se deparar com uma situação dessas, antecipe-se e reduza a velocidade.”
Eletrônica – O principal recurso eletrônico que ajuda o motorista nas frenagens é o sistema ABS, que impede o travamento das rodas e ajuda a reduzir a distância de frenagem. Ao detectar essa situação, o ABS libera o disco de freio por milissegundos e o pinça novamente em seguida.
Mas, para o ABS ser eficaz, o motorista precisa fazer a sua parte. “É preciso que o pedal do freio seja pressionado firmemente, até o veículo parar por completo, alerta Hanashiro. “O ABS também permite fazer o desvio de trajetória durante a frenagem, algo impossível com as rodas travadas.”
Jamais alivie o pedal ao ouvir estalos ou sentir vibração no pedal – são reações normais no funcionamento do sistema. Apesar de obrigatório nos carros brasileiros desde 2014, os dois instrutores comentam que muitos motoristas ainda não o conhecem.
Caso o veículo não tenha ABS, ao sentir que as rodas travaram, o motorista deve aliviar a pressão por breves instantes, simulando o que faz a eletrônica. Por isso, em um primeiro contato, é essencial saber se um carro conta ou não com o ABS, já que o procedimento em caso de uma frenagem de emergência é totalmente diferente.
Na serra – Por fim, é necessário cuidado extra em longas descidas, nas quais se deve utilizar o freio motor. Em carros manuais, use a mesma marcha que usaria para subir o trecho. Nos automáticos, lance mão das opções de marcha reduzida ou do seletor de trocas manuais. “É perigoso descer vários quilômetros segurando o carro só no freio, pois eles podem superaquecer e perder a eficiência”, diz Manzini. “É importante que o dono entenda como usar os recursos da transmissão do seu carro.”